14.4.08


«-É bom, não é querido?
-Contigo é sempre bom.
-De verdade? Diz-me isso muitas vezes.
-É bom Jacinta.
-Repete sempre. Mas de outra maneira.
-De que maneira?
-Não sei bem. Uma maneira que a gente não espere.
Ou então quando ele a precedia no auge do ardor:
-Espera por mim meu querido! Quero morrer contigo. Quero morrer na mesma altura em que te sentir morrer.
E incitavam-se ou moderavam-se para que o arrebatamento e a saciedade se fundissem, em ambos, no mesmo exaspero e na mesma agonia.»
Os Clandestinos
Fernando Namora

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